Rio Fafião e Ponte da Pigarreira

Cabril, Montalegre

O Rio Fafião, ou Rio Toco como é localmente conhecido, é um dos principais cursos fluviais da serra do Gerês, alimentado por nascentes próprias e pelas águas que escorrem das inúmeras corgas e cursos de água temporários.

À semelhança de outros rios e ribeiros da serra do Gerês, apresenta um vale encaixado, de vertentes rochosas e declives acentuados. Nas zonas de maior profundidade do leito rochoso é muito caraterístico a formação de lagoas naturais (“piscinas”), muito apreciadas pelos turistas pelas suas águas cristalinas. No fim do verão o caudal do rio fica muito reduzido, podendo até secar, com exceção das zonas de maior profundidade (lagoas) onde a água permanece durante todo o ano. Já no Inverno, devido ao regime pluviométrico (dos mais rigorosos do país), o rio Fafião transporta um grande volume de água, precipitando-se dos desníveis em barulhentas e fantásticas quedas de água. É um dos rios mais concorridos pelos visitantes e pelos praticantes de canyoning.

O rio Fafião marca a divisão administrativa das freguesias de Vilar da Veiga (Terras de Bouro) e de Cabril (Montalegre), onde se inserem respetivamente os lugares vizinhos da Ermida e de Fafião, cujas comunidades lutaram durante várias gerações pela posse dos mesmos terrenos baldios. De costas voltadas e sem se entenderem quanto ao direito de utilização de uma área baldia na serra do Gerês (situada nos limites administrativos da Ermida, Terras de Bouro, mas usada pela comunidade de Fafião), os habitantes da Ermida queimavam o tabuleiro da Ponte da Pigarreira, sobre o Rio Fafião, para que a comunidade do lugar vizinho fosse impossibilitada de aceder à margem direita pelo caminho principal.

Depois de décadas de desentendimento, as duas comunidades chegaram a acordo, instituindo os limites do baldio de cada uma das partes. Hoje convivem pacificamente.

A Ponte da Pigarreira, que no ano 2000 era ainda composta por tabuleiro em madeira, foi requalificada, passando a beneficiar de um tabuleiro em betão, conforme se apresenta hoje. Também o caminho florestal que a serve veio a ser asfaltado mais tarde, beneficiando a mobilidade no interior do Parque e beneficiando em particular as comunidades locais.

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